quinta-feira, 15 de abril de 2010

Peter Steele



Morreu. Morreu um homem que não sabia muito bem o porquê da vida, da felicidade ou do amor. Peter Steele era um mistério. Amargurado com a vida, espalhou pessimismo e sarcasmo em todos os seus álbuns. Mas ao mesmo tempo ajudava aqueles que, tal como eu, passavam por aquela idade em que tudo corre mal, no trabalho, no amor, na escola. E ao ouvir as suas músicas a alma libertava-se. Lembro-me de ouvir pela primeira vez Type O Negative em 1995 no tempo de Bloody Kisses. Aquele som gutural, o ritmo pesado, as letras cheias de segundos sentidos. Fiquei um crente desde essa hora.
Peter Steele punha a sua vida na música, escreveu sobre a morte de familiares, sobre os seus desgostos de amor, sobre as suas visões políticas. Sempre amargo e com aquele humor negro e sarcástico.
Apesar de odiar estar em palco passava a vida em tour e tive o prazer de os ver ao vivo em 2007. É certo que não foi um grande concerto mas marcou-me, tal como a sua música me marcou para sempre.
Hoje estou triste.